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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Após usar Facebook para buscar assassina do filho, pai quer mudar lei

Pai foi para frente do Fórum de Macapá pedir permanência da menor infratora (Foto: Abinoan Santiago/G1)O pai do jovem Julio Natan, o consultor de empresas Umberto de Sousa, de 42 anos, foi para frente do Fórum de Macapá na manhã desta quarta-feira (15) pedir a permanência da internação provisória de uma das suspeitas de matar o filho dele em 30 de novembro de 2013. Sousa ficou conhecido nas redes sociais a partir de dezembro de 2013, quando passou a utilizar o Facebook para encontrar as autoras do crime. O adolescente foi morto aos 15 anos por duas menores de idade, segundo investigação da polícia. Uma delas foi apreendida em 6 de dezembro e a outra continua foragida com mandado de apreensão em aberto.

Assinaturas também foram recolhidas durante a manifestação em Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1) Durante a manifestação, ainda foram recolhidas assinaturas a fim de aperfeiçoar o Código Penal Brasileiro. A intenção é enviar o abaixo-assinado a parlamentares e organizações civis. "Temos que atualizar a nossa legislação para que infratores que oferecem perigo a sociedade não fiquem soltos", frisou o consultor de empresas.
Manifestação ocorreu pacífica em frente ao Fórum de Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1) Para ser enviada ao Congresso Nacional, o abaixo-assinado deve conter 1,3 milhão de assinaturas. O pai contou com o apoio da ONG União em Defesa das Vítimas de Violência (UDVV), que também busca o aperfeiçoamento do Código Penal. Uma das mudanças reivindicadas é o aumento da pena máxima de 30 para 50 anos.

Cartazes e banners foram colocados por Umberto na grade de proteção do Fórum de Macapá. O ato público ocorreu de forma pacífica e também teve ajuda de amigos e familiares do jovem assassinado.

"O apoio ao movimento está bom. Estamos realizando este ato no dia em que completa 45 dias da morte do meu filho, e também para pedir a permanência da menina que teria matado o Natan", afirmou.
Julio Natan tinha 15 anos quando foi assassinado (Foto: Reprodução/Facebook)Caso
Júlio Natan foi morto com um golpe no pescoço, em frente à Casa do Artesão, no Centro de Macapá. Ele participava de um festival de música no local.

O pai do adolescente, Umberto de Sousa, está desde o dia do assassinato mobilizando seguidores no Facebook em busca do paradeiro das duas adolescentes suspeitas de assassinato. Depois que uma das jovens foi apreendida, o pai da vítima usou novamente a rede social. Sousa chegou a oferecer uma recompensa de R$ 1 mil para quem ajudar a encontrar a menor de idade foragida. Sousa disse que chegou à identificação das duas adolescentes, após ouvir relatos de testemunhas do crime.
O delegado Plínio Roriz afirmou que o assassinato do adolescente foi motivado por uma postagem do menor de idade em uma rede social. A vítima teria ofendido uma das suspeitas do homicídio pelo Facebook, segundo concluiu o delegado. Roriz presidiu o inquérito do crime na Delegacia de Investigação em Atos Infracionais (Deiai).
Post no Facebook de Umberto de Sousa, pai da vítima (Foto: Reprodução/Facebook) O pai do garoto avaliou como "prematura" a conclusão da Polícia Civil sobre a possível motivação para o assassinato do filho dele.

 "Acredito que a afirmação do delegado foi prematura porque ainda tem uma suspeita foragida. Eu não consegui localizar essa ofensa e ninguém fez print disso. Mas se ocorreu, nenhuma ofensa daria motivos para matar alguém porque existem leis para punir", frisou o pai, que mantém sozinho as buscas pelo paradeiro da adolescente.

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