O pai do jovem Julio Natan, o consultor de empresas Umberto de Sousa, de
42 anos, foi para frente do Fórum de Macapá na manhã desta quarta-feira
(15) pedir a permanência da internação provisória de uma das suspeitas
de matar o filho dele em 30 de novembro de 2013. Sousa ficou conhecido nas redes sociais a partir de dezembro de 2013,
quando passou a utilizar o Facebook para encontrar as autoras do crime.
O adolescente foi morto aos 15 anos por duas menores de idade, segundo
investigação da polícia. Uma delas foi apreendida em 6 de dezembro e a outra continua foragida com mandado de apreensão em aberto.
Durante a manifestação, ainda foram recolhidas assinaturas a fim de
aperfeiçoar o Código Penal Brasileiro. A intenção é enviar o
abaixo-assinado a parlamentares e organizações civis. "Temos que
atualizar a nossa legislação para que infratores que oferecem perigo a
sociedade não fiquem soltos", frisou o consultor de empresas.
Para ser enviada ao Congresso Nacional, o abaixo-assinado deve conter
1,3 milhão de assinaturas. O pai contou com o apoio da ONG União em
Defesa das Vítimas de Violência (UDVV), que também busca o
aperfeiçoamento do Código Penal. Uma das mudanças reivindicadas é o
aumento da pena máxima de 30 para 50 anos.
Cartazes e banners foram colocados por Umberto na grade de proteção do Fórum de Macapá. O ato público ocorreu de forma pacífica e também teve ajuda de amigos e familiares do jovem assassinado.
"O apoio ao movimento está bom. Estamos realizando este ato no dia em
que completa 45 dias da morte do meu filho, e também para pedir a
permanência da menina que teria matado o Natan", afirmou.
Caso
Júlio Natan foi morto com um golpe no pescoço, em frente à Casa do Artesão, no Centro de Macapá. Ele participava de um festival de música no local.
Júlio Natan foi morto com um golpe no pescoço, em frente à Casa do Artesão, no Centro de Macapá. Ele participava de um festival de música no local.
O pai do adolescente, Umberto de Sousa, está desde o dia do assassinato
mobilizando seguidores no Facebook em busca do paradeiro das duas
adolescentes suspeitas de assassinato. Depois que uma das jovens foi
apreendida, o pai da vítima usou novamente a rede social. Sousa chegou a oferecer uma recompensa de R$ 1 mil para
quem ajudar a encontrar a menor de idade foragida. Sousa disse que
chegou à identificação das duas adolescentes, após ouvir relatos de
testemunhas do crime.
O delegado Plínio Roriz afirmou que o assassinato do adolescente foi motivado por uma postagem do menor de idade em uma rede social.
A vítima teria ofendido uma das suspeitas do homicídio pelo Facebook,
segundo concluiu o delegado. Roriz presidiu o inquérito do crime na
Delegacia de Investigação em Atos Infracionais (Deiai).
O pai do garoto avaliou como "prematura" a conclusão da Polícia Civil sobre a possível motivação para o assassinato do filho dele.
"Acredito que a afirmação do delegado foi prematura porque ainda tem uma
suspeita foragida. Eu não consegui localizar essa ofensa e ninguém fez
print disso. Mas se ocorreu, nenhuma ofensa daria motivos para matar
alguém porque existem leis para punir", frisou o pai, que mantém sozinho
as buscas pelo paradeiro da adolescente.
0 comentários:
Postar um comentário