Com o objetivo de auxiliar pacientes com transtornos mentais, que não possuem assistência e vagam pelas ruas de Macapá
sem o apoio da família, será implantado a partir de fevereiro o Centro
de Atenção Psicossocial para Transtorno Mental (CAPS). O Amapá
era o único estado que ainda não possuía uma unidade do tipo, e já
iniciou a capacitação de profissionais para atuarem com esses pacientes.
A capacitação será de 35 profissionais entre clínicos, psicólogos,
técnicos, enfermeiros, terapeuta ocupacional e serviço social, e está
sendo feita na Escola de Administração Pública (EAP). De acordo com
Sônia Fernandes, psicóloga e coordenadora do CAPS, somente no Centro de
Macapá vivem cerca de 80 pessoas com deficiência mental, que dormem em
praças próximas a prédios públicos.
“A partir da implantação do CAPS vamos atender pacientes a partir dos
18 anos. O serviço não é só destinado às pessoas que vivem na rua, mas
também para quem mora com a família. O CAPS não será um manicômio, muito
pelo contrário, o paciente tem a livre escolha de permanecer ou não no
local após os cuidados básicos”, ressaltou Sônia, que ministra a
capacitação.
Os profissionais destacados para atuar no centro foram selecionados a
partir do concurso público realizado em 2012 para atuação na Secretaria
de Estado da Saúde (Sesa). Os moradores de rua com transtorno mental
serão chamados para atendimento no CAPS através de técnicos que vão se
deslocar até os pontos, informou a psicóloga.
“Na sede do CAPS, que fica no bairro Laguinho, essas pessoas receberão
orientação social, além de entrega de documentos. Vamos oferecer acesso
ao benefício que esse tipo de paciente tem direito, benefício esse que
até a família às vezes não sabe que tem direito”, detalha Sônia.
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