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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

'Paguei a faculdade da minha filha', diz taxista ao ganhar placa definitiva

Reinaldo Silva trabalha há 35 anos como taxista (Foto: Abinoan Santiago/G1) Depois de 35 anos trabalhando como taxista, Reinaldo Silva, de 55 anos, finalmente conseguiu na manhã desta quarta-feira (15) a posse definitiva da concessão do serviço de táxi em Macapá. Ao longo do tempo em que roda pelas ruas e avenidas da cidade, ele avalia a entrega da posse como "a principal mudança" na carreira de taxista. Reinaldo diz gostar tanto da profissão que até chegou a influenciar dois dos três filhos a seguirem o mesmo ramo.
"Sempre foi um prazer rodar pela cidade de Macapá. Eu iniciei a minha vida profissional como taxista e não larguei mais. (...) Sustentei a minha família com o dinheiro das corridas e até cheguei a pagar a faculdade de uma filha, que se formou em enfermagem. Também tenho dois filhos que seguiram a minha carreira. A concessão definitiva foi a principal mudança na nossa carreira e agora que eu não largo a profissão", contou Reinaldo, antes de ter em mãos o documento da posse.
O taxista foi um dos 623 profissionais que receberam na manhã desta quarta-feira a concessão definitiva da placa. Em caso de morte ou impossibilidade de exercer a atividade, a placa poderá ser repassada a um membro da família. Antes a concessão era devolvida ao município.
A medida faz parte de um decreto de 2013 da prefeitura de Macapá, que garantiu a posse a mais de 600 dos 925 taxistas da capital. Apenas 302 tinham o benefício.
Cássio Clay fala que posse vai dar mais segurança a taxistas (Foto: Abinoan Santiago/G1) Para o taxista Cássio Clay, de 40 anos, a medida dá mais segurança no trabalho. "A família vai continuar com uma fonte de renda mesmo em caso de algum problema que faça eu parar de trabalhar porque consigo manter minha família e as despesas do táxi com o dinheiro da profissão", assegurou.

O presidente do Sindicato dos Taxistas (Sintaxi) Rizonilson Barros explicou que os profissionais também possuem demais pautas de reivindicações para a classe, a exemplo da fiscalização do transporte clandestino e construção de mais pontos de táxi na cidade.
"Precisamos de pontos em frente a boates porque se temos campanhas que incentivem o uso de táxi, devemos dar melhores condições aos passageiros", afirmou Barros.
A presidente da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac) Cristina Baddini garantiu que haverá rodadas de diálogos com os taxistas para saber reivindicações da classe que podem ser atendidas em 2014.
"Iniciamos as conversas com o sindicato e vamos estendê-las a todos os profissionais. Por causa das campanhas educativas, a população acaba usando mais o serviço de táxi. Então vamos buscar a melhor maneira de resolver esses problemas neste ano", disse Cristina.

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