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sábado, 11 de janeiro de 2014

Macapá tem 4 pontos de risco de desabamento, diz Defesa Civil

José Silva mostrando área que pode desabar na Vila das Oliveiras, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)O aposentado José Silva, de 69 anos, mora próximo a uma área de encosta no bairro Pedrinhas, Zona Sul de Macapá. O local está entre os 4 pontos com risco de desabamento mapeados pela Defesa Civil. José diz que vive na área há 19 anos e que acompanha a terra descer para o seu quintal pouco a pouco, especialmente durante as chuvas.
 
“É difícil, autoridades já vieram aqui, falaram e falaram, mas nada de resolver. Essa é a única casa que tenho, se cair, não sei o que fazer”, disse o aposentado. Os outros locais de risco apontados pela Defesa Civil estão nos bairros Araxá, Beirol e Pantanal.
O risco de desabamento nessas áreas está relacionado a uma determinada quantidade de chuvas que caem nessas regiões. O índice de risco é de 68 milímetros, segundo a Defesa Civil. Essa quantidade poderá ocorrer a partir da segunda quinzena de janeiro, conforme análise do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais (Cemaden).

Último desabamento aconteceu em 2011, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)“Esses valores foram obtidos através da instalação dos pluviômetros em vários pontos de Macapá, que detectam com antecedência a quantidade de chuvas que vão cair na cidade. A quantidade é variável, mas se os 68 milímetros ocorrerem, a chance de desabamento é grande”, alertou Maikon Vaz, inspetor chefe da Defesa Civil Municipal.

Quanto às famílias, todas foram orientadas sobre a situação, segundo afirmou o inspetor. O desabamento é provocado pela terra, que, ao ser encharcada, tem tendência a ceder. O último acidente registrado nessas áreas de risco ocorreu em 2011, no bairro Pedrinhas, que tem ao todo 26 famílias em locais de risco.

Inspetor da Defesa Civil Municipal, Maicon Kirley (Foto: John Pacheco/G1)
 No bairro Beirol, a área perigosa fica atrás do Conjunto Habitacional Mucajá, obra do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), entregue em 2011. A moradora Maria do Socorro, de 38 anos, diz que teme pela igreja do conjunto, localizada próxima a uma encosta.
“A área é perigosa, nunca vi um desabamento, mas é sempre bom ficar atenta. As pessoas sempre descem pelo barranco e com uma chuva forte pode acontecer uma tragédia, com casas que podem ser destruídas”, disse a moradora.

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