Pages

Empresa parceira

Empresa parceira

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Justiça pede anulação de contrato firmado para coleta de lixo em Macapá

Lixo no entorno da Rua Claudomiro de Moraes, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
O desembargador Gilberto Pinheiro pediu a anulação do contrato firmado entre a Prefeitura de Macapá e a nova empresa que iria realizar a coleta de lixo no munícipio, a partir de 1º de fevereiro. A decisão foi expedida nesta sexta-feira (10). A contratação da empresa, que é do Pará, foi realizada após a justiça acatar por três vezes a suspensão do processo licitatório em 2013.

O pedido para anular o contrato foi impetrado por uma empresa que não atendeu às normas estabelecidas no edital, segundo informou a prefeitura. No documento, o desembargador argumenta que a prefeitura descumpriu o último pedido de suspensão do edital em 5 de novembro de 2013.

“(...) apesar da existência de decisões suspendendo a licitação, o município de Macapá celebrou contrato de prestação de serviços com a empresa, juntando a cópia do diário oficial do município nº 2361/2012”, explicou um trecho da decisão que determina prazo de 5 dias para o cumprimento da ordem, sob pena de multa diária.

Desembargador Gilberto Pinheiro acatou pedido de empresa que não chegou a concorrer licitação (Foto: Ascom/Tjap)
No contrato assinado entre a prefeitura e a nova empresa, são estabelecidos 27 itens de manutenção urbanística no valor de R$ 56 milhões, no prazo de dois anos. A atual empresa realiza apenas sete serviços e trabalha com contrato emergencial.
O titular da Secretaria Municipal de Administração (Semad) Paulo Lemos informou que o órgão realizou o procedimento administrativo respeitando ordens judiciais. “Temos uma decisão judicial que nos mandou ‘tocar’ o processo. Nós fizemos o que a determinação mandou”, afirmou Lemos, destacando que os processos já foram julgados e que prefeitura irá recorrer contra o pedido de suspensão de contrato assim que for notificada.

 A licitação para manutenção urbanística de Macapá foi suspensa por três vezes em 2013, após pedidos impetrados por empresas  que perderam o certame.

A primeira ocorreu em agosto de 2013, quando o Tribunal de Contas do Estado do Amapá (TCE/AP) pediu que a prefeitura corrigisse o edital, diminuindo os itens a serem contratados. A prefeitura seguiu a recomendação e reduziu os tipos de serviços, de 54 para 27 itens. Entre os itens retirados estava o asfaltamento de ruas e a revitalização de vias públicas. A redução também fez diminuir de R$ 84 milhões para R$ 56 milhões o valor do contrato.

Na segunda vez, a suspensão aconteceu após decisão da justiça, em 21 de outubro. Na ocasião, o juiz da 3ª Vara Cível de Fazenda Pública de Macapá Antônio Ernesto Colares disse, em sua decisão, que a prefeitura “não prestigiou a razoabilidade” da licitação ao retificar o edital em 9 de outubro de 2013. O mesmo magistrado revogou a própria decisão após pedido de reconsideração impetrado pela prefeitura de Macapá.

A última suspensão foi expedida pelo desembargador Gilberto Pinheiro, em 5 de novembro  de 2013. Para o magistrado, o fato de os diversos itens incluídos na licitação não serem similares entre si, não poderiam ser licitados em um único lote porque impossibilitaria a ampla concorrência das outras empresas. A prefeitura de Macapá recorreu e também ganhou o recurso.

0 comentários:

Postar um comentário