Uma pesquisa realizada entre os dias 7 e 14 de janeiro de 2014 mostra que a população de Macapá
é conservadora em relação a assuntos polêmicos. Na capital amapaense,
que completa 256 anos em 4 de fevereiro, há resistência para debates
sobre legalização da maconha, aborto e casamento homoafetivo. O estudo
foi realizado pelo curso de secretariado executivo da Universidade
Federal do Amapá (Unifap) e entrevistou 420 pessoas, abrangendo um
universo de 327.712 habitantes de Macapá. A margem de erro é de 4,78%.
O coordenador da pesquisa, o professor universitário Antônio Teles,
disse que o estudo destacou a população de Macapá como conservadora por
causa do resultado em alguns itens propostos.
Quando perguntados sobre a legalização da maconha, 81% dos macapaenses
responderam ser contrários à medida. Outro dado conservador observado
diz respeito à crença e religião. 85% dos entrevistados disseram que
acreditar em Deus torna as pessoas melhores.
Em questões mais polêmicas, a exemplo do casamento homoafetivo e pena
de morte, o macapaense se mostrou dividido. Dos entrevistados, 51%
responderam ser contrários ao matrimonio entre homossexuais. Sobre a
pena de morte, as opções contra e a favor ficaram com 50%, cada.
No item que colocou a legalização do aborto em questão, 46% dos
macapaenses posicionaram-se contrários. A prática em determinados casos,
como acontece atualmente, foi aceita por 51% dos entrevistados. A favor
em qualquer situação somou 3%.
"Apesar de a população ficar dividida nos quesitos pena de morte e
casamento homoafetivo, o macapaense ainda é conservador em diversos
assuntos, o que é natural para um estado pequeno e recém-criado. No caso
da maioridade penal, por exemplo, a população é a favor da diminuição
por causa do envolvimento cada vez mais cedo dos jovens em crimes",
comentou Teles.
Economia
A pesquisa também avaliou a visão econômica do macapaense. Em uma economia em que mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) tem influência da administração pública, a pesquisa mostrou um pensamento diferente da população de Macapá sobre a dependência do governo.
A pesquisa também avaliou a visão econômica do macapaense. Em uma economia em que mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) tem influência da administração pública, a pesquisa mostrou um pensamento diferente da população de Macapá sobre a dependência do governo.
Na pesquisa, 89% dos entrevistados responderam que quanto menos
dependerem do governo, melhor será a própria vida econômica. O dado
representou a vontade da população de ser autônoma, reforçada com outro
item do estudo: a visão de mercado. 78% dos macapaenses disseram ser a
favor do governo incentivar a entrada de novas empresas na capital.
Sobre o combate à pobreza, 82% responderam que a melhor medida para a
erradicação seria a geração de emprego. Criação de programas sociais
ficou com 18%.
Pesquisa
As respostas foram colhidas entre os dias 7 e 14 de janeiro, realizadas em sete pontos de grande fluxo de pessoas em Macapá. Todos os 420 entrevistados tinham ao menos 18 anos.
As respostas foram colhidas entre os dias 7 e 14 de janeiro, realizadas em sete pontos de grande fluxo de pessoas em Macapá. Todos os 420 entrevistados tinham ao menos 18 anos.
O estudo foi baseado com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os
pesquisadores que trabalharam no estudo são da turma de 2011 do curso de
secretariado executivo da Unifap. O treinamento deles aconteceu em 3 e 6
de janeiro de 2014. O trabalho também contou com a participação de
demais professores do colegiado.
Segundo o coordenador do estudo, a necessidade de realizar uma pesquisa
dessa natureza surgiu com a falta de dados sobre o estado e a capital
amapaense. "O Amapá e a capital possuem poucos estudos sobre a opinião
da população. As pesquisas em âmbito nacional não têm amostras locais",
frisou Teles.
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