Terminou sem feridos a tentativa de assalto à loja de informática Prodam, ontem (22), no Centro de Macapá. Depois de mais de três horas de negociação, o trio de assaltantes que manteve o dono e funcionários do empreendimento sob a mira de armas resolveu se entregar.
A tensa situação iniciou por volta de 18h10, no horário em que a loja já havia encerrado o expediente. Nenhum cliente estava no recinto. Os bandidos entraram e se apossaram do dinheiro do caixa e dos funcionários. Porém, no momento da fuga, o alarme da loja foi disparado – a polícia não revelou se acidentalmente ou se acionado por um dos trabalhadores. O barulho do equipamento chamou a atenção de centenas de pessoas que passavam nas imediações. O local é próximo a três escolas e instituições públicas. Além disso, a Central de Operações do Centro Integrado de Operações da defesa Social (Ciods) recebeu uma denúncia anônima quando o roubo ainda estava em andamento. Viaturas do Batalhão de Rádiopatrulhamento Motorizado (BRPM), que faziam ronda às proximidades, chegaram rapidamente. Nervosos com o alerta eletrônico e a proximidade da polícia, os assaltantes resolveram voltar à loja e fizeram os trabalhadores de reféns.
O primeiro policial a fazer contato com os bandidos foi o major Rômulo, comandante do BRPM. Treinado para gerenciamento de crises, ele teve acesso a um número de celular que estava em poder dos assaltantes. Em seguida, o delegado Alan Moutinho, titular da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), e o major Mathias, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também entraram nas negociações. Equipes das Polícias Civil e Militar fizeram um cerco à loja e o isolamento do quarteirão – para afastar os curiosos que se aglomeraram no local. Atiradores de elite também foram posicionados.
Especialista em situações com reféns, o major Mathias passou a conduzir o contato com os assaltantes, que durante toda a negociação usaram nomes falsos de Pablo e Gaspar – para evitar serem identificados. Eles foram informados de que estavam cercados e que não havia possibilidade de fuga.
A notícia sobre a tentativa de roubo se espalhou rapidamente pela cidade através da imprensa – cuja presença foi uma das exigências dos assaltantes. Duas mulheres, esposas dos bandidos, ouviram pelo rádio os nomes deles e foram ao local. Com instruções da polícia, elas ajudaram nas negociações.
A notícia sobre a tentativa de roubo se espalhou rapidamente pela cidade através da imprensa – cuja presença foi uma das exigências dos assaltantes. Duas mulheres, esposas dos bandidos, ouviram pelo rádio os nomes deles e foram ao local. Com instruções da polícia, elas ajudaram nas negociações.
As conversações transcorriam com tranquilidade, apesar do nervosismo dos assaltantes. Por volta de 19h40, após uma série de exigências – que incluíram coletes balísticos, radiocomunicadores e presenças de advogados e promotores – parecia que eles estavam dispostos a se entregar. O delegado Alan chegou a se aproximar dos vidros da loja para receber as armas, mas os bandidos começaram a ficar inquietos e resolveram recuar.
As negociações então prosseguiram. Às 21h15, os bandidos identificados apenas como Jerry, Rodrigo e Franciney, liberaram os reféns, entregaram dois revólveres e uma pistola e saíram com as mãos para o alto. Mesmo sem nenhum machucado, as vítimas foram encaminhadas ao Hospital de Emergências. Depois de passar por exames médicos, eles foram liberados para prestar depoimento. O trio de assaltantes foi levado ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval. O flagrante foi feito pelo delegado Moutinho. Até às 23h de ontem, os procedimentos criminais ainda não haviam sido concluídos, porém a expectativa é que os acusados fossem autuados por tentativa de assalto e porte ilegal de arma de fogo.
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