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sábado, 2 de maio de 2015

UBS do Bailique condenada após risco de desabamento é reconstruída

Nova unidade de saúde foi entregue nesta sexta-feira (1º) no Bailique (Foto: Max Renê/Ascom PMM)Condenada após ter a estrutura comprometida em função de um desmoronamento, a nova Unidade Básica de Saúde (UBS) da comunidade de Vila Progresso, no arquipélago do Bailique foi entregue na sexta-feira (1º). O prédio foi construído em outra área do distrito, localizado a 180 quilômetros da sede da capital. Parte da antiga estrutura foi desocupada em março em função do fenômeno conhecido como “terras caídas”, em que a força das águas compromete a estrutura dos barrancos e encostas.

O Ministério Público Federal no Amapá (MPF-AP) chegou a recomendar a prefeitura da capital a realocação imediata da unidade. A nova estrutura conta com 12 salas, entre consultórios, sala de vacinação, de realização de exames preventivos e ambulatórios. Cinco médicos cubanos, provenientes do programa federal "Mais Médicos" foram designados para atuar na unidade permanentemente. O posto é o único que atende a região do arquipélago, composto por oito ilhas e 48 comunidades.

Após abertura, UBS ofereceu ação de saúde no arquipélago (Foto: John Pacheco/G1) “A comunidade precisa de um atendimento permanente aqui. Todos os dias tem gente doente no Bailique, e espero que não sejam somente na inauguração esses serviços todos. Minha bebê foi medicada e espero que ela melhore logo”, disse a mãe.
Para atendimentos de urgência e emergências, dois barcos tipo “voadeira” foram alugados na própria comunidade e vão servir para a locomoção de pacientes entre as comunidades e a capital.
“Já era uma unidade que merecia reparos e aproveitamos esse momento para reconstruir. Ela está em um padrão superior à antiga, que conta hoje com farmácia, gabinete odontológico, enfermaria e é um padrão mínimo para atender toda a comunidade. Hoje temos médicos no Bailique, cada um com uma equipe completa do Programa Saúde na Família [PSF], com técnicos e agentes de saúde”, detalhou o prefeito de Macapá, Clécio Luís, do PSOL.
Unidade de saúde antiga foi desocupada após risco de desabar (Foto: John Pacheco/G1)
A médica cubana Dania Sisneros, de 51 anos, retorna para atender no arquipélago pela segunda vez. Ela conta que ainda fica surpresa com a viagem para a região, que dura cerca de 10 horas via fluvial. Ela destaca que o primeiro atendimento no distrito é fundamental caso necessite transportar algum enfermo. "Já atendemos vítimas de facadas, arma de fogo e sempre nos dá uma apreensão quando é a hora de mandar para Macapá porque achamos que a rapidez é fundamental", disse a médica.

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