

“Vamos mandar uma primeira remessa em um caminhão, do que já foi
arrecadado. A maior parte são roupas, calçados, roupas de cama e
produtos de higiene. A população atendeu ao que foi pedido. Queremos
frisar que vamos continuar recebendo aqui na quadra dos Bombeiros em Macapá
e também no quartel em Santana [cidade distante 17 quilômetros de
Macapá]”, falou o tenente-coronel Roberto Néri, do Corpo de Bombeiros.

O nível do rio Araguari, em Ferreira Gomes, subiu 5,5 metros, segundo a Defesa Civil, e invadiu em poucos minutos ruas e imóveis no município, na manhã de quinta-feira. A água inundou residências e prédios públicos. A enchente aconteceu após a liberação do volume de água represada na Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, uma das três existentes ao longo do rio Araguari.
A Defesa Civil Estadual informou na sexta-feira (8) que 44 famílias
estavam abrigadas em escolas e creches de Ferreira Gomes. Mais de 1,4
mil pessoas, segundo a prefeitura de Ferreira Gomes, foram atingidas. O
prefeito de Ferreira Gomes, Elcias Borges (PMDB), decretou situação de emergência na noite de quinta-feira.

Segundo a empresa, um volume de água do rio foi liberado pela Cachoeira
Caldeirão sem que houvesse comunicação às demais hidrelétricas
instaladas no Araguari: a Ferreira Gomes Energia e a Coaracy Nunes. A
EDP disse que comunicou a abertura de uma ensecadeira às empresas.
A EDP teve a licença ambiental suspensa na sexta-feira pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). A medida foi tomada um dia depois de a cidade ter sido invadida pelo volume de água liberado pela empresa. A obra está parada e as causas do desastre serão investigadas.
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