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domingo, 3 de maio de 2015

Monitor de centro é agredido durante tumulto entre adolescentes infratores

Monitor foi agredido com pauladas na Cabeça no Cesein, em Macapá (Foto: Arquivo Pessoal)
Um monitor foi agredido com pauladas, no sábado (2), durante um tumulto entre adolescentes internos do Centro de Educação Socioeducativo de Internação (Cesein), localizado no bairro Beirol, Zona Sul de Macapá. O funcionário tentava conter o ato quando foi atingido, informou um dos educadores da unidade que pediu para não ser identificado. Segundo ele, ameaças e agressões aos monitores e educadores do centro são constantes por parte dos reeducandos.
O monitor ferido foi encaminhado ao Hospital de Emergências (HE) e liberado após medicação. Ainda no sábado, ele registrou denúncia na Delegacia de Investigação de Atos Infracionais (Deiai).
A Fundação da Criança e do Adolescente (FCria), responsável pela gestão de unidades para menores infratores no Amapá, disse que os agressores foram identificados e uma sindicância foi aberta para apurar as causas da agressão.

Funcionários dizem que tentativas de fuga são constantes no Centro  (Foto: John Pacheco/G1) “Ultimamente, nem o Comando de Guarda está entrando no Cesein, porque os internos estão alegando que os policiais militares entram e batem neles, entre outras coisas. E, nesses casos são abertas ações contra os policiais. Aí, eles deixam de entrar no centro para executar procedimentos, e isso afeta a nós, monitores e educadores, onde ficamos só nós com eles [internos]. Esse tipo de coisa só fortalece as atitudes dos jovens”, lamentou o educador.

Entre os problemas levantados pelos funcionários, está a superlotação da unidade, atualmente com 86 internos, enquanto que a capacidade é para 51. O número de monitores também seria pequeno para conter possíveis tumultos, que estariam acontecendo de forma permanente, como o que ocorreu durante a madrugada deste domingo (3), onde seis internos fugiram do local, três haviam sido recapturados até a publicação desta reportagem.

No início de dezembro, seis internos serraram a grade das celas do bloco 3 do Cesein (Foto: Abinoan Santiago/G1) A diretora-presidente da Fcria, Albanize Colares, informou por telefone ao G1 que a capacidade do Cesein não acompanhou a grande quantidade de infratores que deram entrada no local, mas que medidas para atender às demandas de adolescentes e funcionários estão sendo planejadas pela fundação, entre elas, a expansão dos alojamentos e a abertura de concurso público para o quadro.
“O Cesein foi construído seguindo um padrão nacional de capacidade, e, ao longo dos anos essa situação foi avolumando. Estamos trabalhando com a Seinf [Secretaria de Estado da Infraestrutura] dentro do centro para construção de obras, de acordo com um processo aberto em 2013. Aumentou o número de adolescentes, e o certo é ter concurso para monitores e educadores, e já propomos isso ao governo do estado”, falou Albanize.

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