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sábado, 23 de maio de 2015

Rodoviários ameaçam greve nos próximos dias

greve-fabrusaSindicato disse que data da greve será decidida hoje, em assembleia

O Sindicato dos Rodoviários confirmou ontem greve para os próximos dias. Segundo o presidente sindical, Genival Cruz, a data da greve será decidida hoje, em assembleia com os trabalhad
ores.

Segundo Genival, desde março deste ano uma pauta de reivindicações foi enviada ao Setap (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo), mas até agora nenhuma resposta foi dada pelos empresários. “Não vamos ficar esperando a boa vontade dos empresários. Estamos solicitando 17% de reajuste salarial para os motoristas que trabalham na capital, e 19% para os que trabalham na rota do interior do Estado. Além disso queremos a redução da carga horária para 6 horas, e o aumento do valor da cesta básica para R$ 500”, explicou.

Genival disse que as cobranças pelos direitos dos trabalhadores já lhe renderam, recentemente, ameaça de morte. “Eu liguei para o empresário cobrando os pagamentos atrasado dos funcionários e ele me ameaçou de morte. Já iniciamos uma campanha e pretendemos estendê-la para uma campanha nacional, afim de denunciar esses empresários que cometem esses abusos. Entendemos que lutar pelos nossos direitos não é crime, mas um direito nosso. Esse tipo de ameaça não vai nos intimidar. Não vamos nos calar”, disse Genival. “Não aguentamos mais receber pagamentos atrasados. O nosso pagamento é no 5º dia útil de cada mês”, finalizou.

Já o Setap disse que o art. 624 da CLT diz que a vigência de cláusula de aumento ou reajuste salarial que implique elevação de tarifas ou de preços sujeitos à fixação por autoridade pública ou repartição governamental, dependerá de prévia audiência dessa autoridade ou repartição e sua expressa declaração no tocante à possibilidade de elevação da tarifa ou do preço e quanto ao valor dessa elevação. Em outras palavras, como o reajuste dos rodoviários implica em reajuste tarifário, ele só pode ser concedido com a anuência do Poder Municipal.

O Setap lembrou, por meio de sua assessoria de imprensa, que somente entre os meses de dezembro de 2014 e janeiro de 2015, nove capitais brasileiras reajustaram as passagens do transporte público rodoviário e que Macapá detém a menor tarifa do Brasil.

Macapá está há quase quatro anos sem reajuste nas tarifas de ônibus. Desde 2000, todos os reajustes foram determinados pela Justiça. No dia 6 de julho de 2008, as empresas conseguiram reajuste para uma tarifa de R$ 1,95. O valor foi mantido até outubro de 2010, quando, após decisão judicial e decreto do então prefeito de Macapá, Roberto Góes, o Setap foi obrigado a reduzir o preço para R$ 1,90. No dia 11 de agosto de 2011, também por decisão judicial, o valor foi reajustado para R$ 2,30. Em julho de 2013, após a prefeitura de Macapá prometer a desoneração de impostos, o valor foi reduzido para R$ 2,10, e permanece o mesmo atualmente.

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