Pages

Empresa parceira

Empresa parceira

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Após cheia, número de famílias desabrigadas cai para 31

Mais de 600 pessoas foram afetadas pela cheia no rio Araguari, em Ferreira Gomes (Foto: Abinoan Santiago/G1) A Defesa Civil Estadual informou no domingo (10) que o número de famílias desabrigadas caiu de 44 para 31 em Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá. O município foi atingido por uma cheia provocada pela vazão da hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, na quinta-feira (7).
Dos três abrigos montados desde o registro do desastre, dois permanecem ativos. Apenas a escola Jaci Torquato não tem mais nenhuma família abrigada. Os outros dois espaços montados para as vítimas estão com 121 pessoas, sendo 85 na creche Maria José Tavares e 36 na escola João Cordeiro.
De acordo com o major da Defesa Civil Sandro Olímpio, os atingidos pela enchente estão voltando para as casas, com a baixa do nível do rio Araguari, que banha a cidade de Ferreira Gomes. Os retornos são orientados por militares.

Escola Municipal João Cordeiro recebeu os desabrigados no municípo de Ferreira Gomes (Foto: Abinoan Santiago/G1) "As pessoas estão voltando porque elas entendem que o desastre ocorrido teve efeito passageiro e que o nível atual do rio é considerado normal para o inverno, algo com que estão acostumados. A Defesa Civil faz a avaliação das residências e orientamos sobre a possibilidade de retorno", disse o major Sandro Olimpio.
As famílIas desabrigadas são atendidas com serviços sociais do Corpo de Bombeiros, governo do Amapá e prefeitura de Ferreira Gomes. Três abrigos foram montados em duas escolas e numa creche no município. No sábado (9), houve distribuição de cestas básicas para os atingidos. Por causa da cheia, houve interrupção no fornecimento de energia elétrica na cidade, as aulas nas escolas públicas foram paralisadas e o fornecimento de água potável foi cortado. Apenas as aulas não foram retomadas por causa da ocupação dos colégios.
Enchente em Ferreira Gomes
O nível do rio Araguari, em Ferreira Gomes, subiu 5,5 metros, segundo a Defesa Civil, e invadiu em poucos minutos ruas e imóveis no município, na manhã de quinta-feira. A água inundou residências e prédios públicos. A enchente aconteceu após a liberação do volume de água represada na Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, uma das três existentes ao longo do rio Araguari.
A Defesa Civil Estadual informou na sexta-feira (8) que 44 famílias estavam abrigadas em escolas e creches de Ferreira Gomes. Mais de 1,4 mil pessoas, segundo a prefeitura de Ferreira Gomes, foram atingidas.

Rua atingida pela cheia do rio Araguari (Foto: Abinoan Santiago/G1)As localidades foram as que mais sofreram com a subida do rio Araguari. Foi possível observar o antes e o depois de alguns prédios públicos e ruas de Ferreira Gomes.
O prefeito de Ferreira Gomes, Elcias Borges (PMDB), decretou situação de emergência na noite de quinta-feira.
Uma das hidrelétricas da região, a Ferreira Gomes Energia, responsável pelo empreendimento de mesmo nome no rio Araguari, disse que a enchente que atingiu parte da cidade de Ferreira Gomes foi provocada pela Cachoeira Caldeirão, hidrelétrica que está sendo construída pela EDP na região. Segundo a empresa, um volume de água do rio foi liberado pela Cachoeira Caldeirão sem que houvesse comunicação às demais hidrelétricas instaladas no Araguari: a Ferreira Gomes Energia e a Coaracy Nunes. A EDP disse que comunicou a abertura de uma ensecadeira às empresas.
A EDP teve a licença ambiental suspensa na sexta-feira pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). A medida foi tomada um dia depois de a cidade ter sido invadida pelo volume de água liberado pela empresa. A obra está parada e as causas do desastre serão investigadas.


0 comentários:

Postar um comentário