A Defesa Civil Estadual informou no domingo (10) que o número de
famílias desabrigadas caiu de 44 para 31 em Ferreira Gomes, a 137
quilômetros de Macapá. O município foi atingido por uma cheia provocada pela vazão da hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, na quinta-feira (7).
Dos três abrigos montados desde o registro do desastre, dois permanecem
ativos. Apenas a escola Jaci Torquato não tem mais nenhuma família
abrigada. Os outros dois espaços montados para as vítimas estão com 121
pessoas, sendo 85 na creche Maria José Tavares e 36 na escola João
Cordeiro.
De acordo com o major da Defesa Civil Sandro Olímpio, os atingidos pela
enchente estão voltando para as casas, com a baixa do nível do rio
Araguari, que banha a cidade de Ferreira Gomes. Os retornos são
orientados por militares.
"As pessoas estão voltando porque elas entendem que o desastre ocorrido
teve efeito passageiro e que o nível atual do rio é considerado normal
para o inverno, algo com que estão acostumados. A Defesa Civil faz a
avaliação das residências e orientamos sobre a possibilidade de
retorno", disse o major Sandro Olimpio.
As famílIas desabrigadas são atendidas com serviços sociais do Corpo de
Bombeiros, governo do Amapá e prefeitura de Ferreira Gomes. Três abrigos foram montados em duas escolas e numa creche no município.
No sábado (9), houve distribuição de cestas básicas para os atingidos.
Por causa da cheia, houve interrupção no fornecimento de energia
elétrica na cidade, as aulas nas escolas públicas foram paralisadas e o
fornecimento de água potável foi cortado. Apenas as aulas não foram
retomadas por causa da ocupação dos colégios.
Enchente em Ferreira Gomes
O nível do rio Araguari, em Ferreira Gomes, subiu 5,5 metros, segundo a Defesa Civil, e invadiu em poucos minutos ruas e imóveis no município, na manhã de quinta-feira. A água inundou residências e prédios públicos. A enchente aconteceu após a liberação do volume de água represada na Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, uma das três existentes ao longo do rio Araguari.
O nível do rio Araguari, em Ferreira Gomes, subiu 5,5 metros, segundo a Defesa Civil, e invadiu em poucos minutos ruas e imóveis no município, na manhã de quinta-feira. A água inundou residências e prédios públicos. A enchente aconteceu após a liberação do volume de água represada na Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, uma das três existentes ao longo do rio Araguari.
A Defesa Civil Estadual informou na sexta-feira (8) que 44 famílias
estavam abrigadas em escolas e creches de Ferreira Gomes. Mais de 1,4
mil pessoas, segundo a prefeitura de Ferreira Gomes, foram atingidas.
As localidades foram as que mais sofreram com a subida do rio Araguari. Foi possível observar o antes e o depois de alguns prédios públicos e ruas de Ferreira Gomes.
O prefeito de Ferreira Gomes, Elcias Borges (PMDB), decretou situação de emergência na noite de quinta-feira.
Uma das hidrelétricas da região, a Ferreira Gomes Energia, responsável
pelo empreendimento de mesmo nome no rio Araguari, disse que a enchente
que atingiu parte da cidade de Ferreira Gomes foi provocada pela Cachoeira Caldeirão,
hidrelétrica que está sendo construída pela EDP na região. Segundo a
empresa, um volume de água do rio foi liberado pela Cachoeira Caldeirão
sem que houvesse comunicação às demais hidrelétricas instaladas no
Araguari: a Ferreira Gomes Energia e a Coaracy Nunes. A EDP disse que
comunicou a abertura de uma ensecadeira às empresas.
A EDP teve a licença ambiental suspensa na sexta-feira pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). A medida foi tomada um dia depois de a cidade ter sido invadida pelo volume de água liberado pela empresa. A obra está parada e as causas do desastre serão investigadas.
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