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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Professores de Macapá em greve há 39 dias recebem nova proposta

Professores estão em greve desde 16 de abril em Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1) Após quase 40 dias de greve na Educação, a prefeitura de Macapá apresentou uma nova proposta aos professores da rede municipal de ensino. O Município decidiu acrescentar à proposta o pagamento de uma das quatro progressões atrasadas e manteve os 4% de reajuste. O movimento de greve deverá reunir em assembleia geral até sexta-feira (29) para decidir se aceita a oferta, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap). Os educadores estão em greve desde 15 de abril.
Segundo a Secretaria Municipal de Administração (Semad), o pagamento da progressão deverá ser feito aos professores até outubro. Ainda não há previsão para aumento do percentual proposto no salário dos trabalhadores.
O Sinsepeap afirmou que mantém a cobrança de 8% de reajuste, o mesmo percentual da inflação de 2015. A reivindicação é menor que o piso salarial de 13% estipulado pelo Ministério da Educação (MEC).
"Nós flexibilizamos bastante. Inicialmente cobramos os 13% do piso e depois reduzimos para 8% porque é o mínimo da inflação. Além disso, decidimos oferecer a contraproposta de parcelar todos os percentuais, mas não avançamos nas negociações. A última proposta da prefeitura vai para votação da assembleia, momento quando também vamos decidir os rumos do movimento", falou Ailton Costa, vice-presidente da executiva municipal do Sinsepeap.
O sindicato não descartou a possibilidade de acionar a Justiça para tentar obrigar a prefeitura de Macapá a pagar o piso salarial da categoria.  A classe vai se basear, segundo o sindicato, por uma decisão da Comarca de Amapá que obrigou a prefeitura daquele município a efetuar o pagamento do piso de R$ 1.917.

Greve
Professores da rede de ensino pública municipal de Macapá estão em greve desde o dia 15 de abril. O ato acontece em cobrança aos 13% de reajuste nos vencimentos. A manifestação foi decidida em 11 de abril em assembleia geral da classe.
A primeira proposta foi apresentada em 16 de abril pela prefeitura aos professores após uma sessão tumultuada e discussões exaltadas na Câmara Municipal de Vereadores. Em 17 de abril, o movimentou chegou à adesão de 90%, segundo o Sinsepeap. Em 15 de maio, os professores chegaram a ocupar e trancar os portões do prédio da prefeitura por uma manhã.
A prefeitura disse haver indisponbilidade financeira para arcar com os 13%. Em 2015, o orçamento da Educação representa R$ 201 milhões para arcar com as despesas das 80 escolas e 35 mil alunos matriculados. São gastos mensalmente R$ 11 milhões com folha de pagamento, o que, segundo a prefeitura, ao final de cada ano representa a metade do orçamento da Semed.

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