Na reunião, que contou com a presença dos vereadores Acácio Favacho,
Gian do NAE e Diego Duarte, foram discutidos o retorno da cadeira da
Uecsa no Conselho de Transporte, a extensão no horário dos ônibus, que
hoje funciona até 22h, além do aumento da frota.
Os
representantes de escolas apoiaram a atitude da Prefeitura de Macapá em
recorrer da decisão do aumento da passagem. O tesoureiro geral da
Uecsa, Rehnan Santos, enfatizou que o aumento da tarifa seria aceitável
se houvesse um serviço de qualidade oferecido à população. “O que
adianta aumentar o valor da passagem, se não consigo pegar um ônibus e
chegar no horário na escola”.
A
estudante da Escola Estadual Gabriel de Almeida Café, Claudia Silva,
reclamou que em muitos pontos de parada os motoristas não param, assim
como em algumas ruas não passam ônibus e os jovens são obrigados a andar
vários quarteirões. “Hoje, um grande problema enfrentado pelos jovens
que estudam a noite é em relação aos horários que os ônibus param de
circular, pois muitos têm que sair antes da aula para poder chegar a
casa, porque 22h não tem mais um ônibus na rua”.
O
atual sistema de transporte coletivo em Macapá possui 198 ônibus, mas
somente 65% estão na rua e, desses, 40 são novos. A Companhia de
Trânsito e transportes de Macapá (CTMac) irá estudar uma forma de
estender o horário de funcionamento dos ônibus.
O
prefeito garantiu o retorno da cadeira da Uecsa no Conselho de
Transporte, ainda na primeira reunião ordinária, mesmo que para isso
tenha que pedir ajuda aos vereadores para intervir na legislação, pois a
mesma foi retirada por decisão do gestor anterior. Clécio explicou
ainda que já está em estudo um novo sistema, que será dividido em
troncos, onde linhas longas que atravessam toda a cidade deixarão de
existir. Logo, os trajetos serão mais rápidos e curtos. Uma pessoa
poderá se deslocar em mais de um ônibus pagando uma passagem.
“Hoje, vivemos em Macapá com um
sistema que não funciona para ninguém, mas infelizmente quem sofre mais é
a população, e tem aqueles que são mais afetados, que é o caso dos
jovens, idosos e deficientes. Como Macapá nunca fez uma licitação para
transporte, a gestão anterior fez um acordo com os empresários dando uma
concessão para explorar a atividade por dez anos. Estamos na Justiça
para reverter essa situação. Com a licitação, iremos colocar no edital o
que queremos para a prestação de um serviço de excelência na capital.
Só que a licitação é um processo demorado e não dá para aumentar a
tarifa enquanto não melhorar o sistema”, enfatizou o prefeito.
0 comentários:
Postar um comentário