Após quase 40 dias de greve na Educação, a prefeitura de Macapá
apresentou uma nova proposta aos professores da rede municipal de
ensino. O Município decidiu acrescentar à proposta o pagamento de uma
das quatro progressões atrasadas e manteve os 4% de reajuste.
O movimento de greve deverá reunir em assembleia geral até sexta-feira
(29) para decidir se aceita a oferta, segundo o Sindicato dos Servidores
Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap). Os educadores estão em greve desde 15 de abril.
Segundo a Secretaria Municipal de Administração (Semad), o pagamento da
progressão deverá ser feito aos professores até outubro. Ainda não há
previsão para aumento do percentual proposto no salário dos
trabalhadores.
O Sinsepeap afirmou que mantém a cobrança de 8% de reajuste, o mesmo
percentual da inflação de 2015. A reivindicação é menor que o piso
salarial de 13% estipulado pelo Ministério da Educação (MEC).
"Nós flexibilizamos bastante. Inicialmente cobramos os 13% do piso e
depois reduzimos para 8% porque é o mínimo da inflação. Além disso,
decidimos oferecer a contraproposta de parcelar todos os percentuais,
mas não avançamos nas negociações. A última proposta da prefeitura vai
para votação da assembleia, momento quando também vamos decidir os rumos
do movimento", falou Ailton Costa, vice-presidente da executiva
municipal do Sinsepeap.
O sindicato não descartou a possibilidade de acionar a Justiça para
tentar obrigar a prefeitura de Macapá a pagar o piso salarial da
categoria. A classe vai se basear, segundo o sindicato, por uma decisão
da Comarca de Amapá que obrigou a prefeitura daquele município a efetuar o pagamento do piso de R$ 1.917.
Greve
Professores da rede de ensino pública municipal de Macapá estão em greve desde o dia 15 de abril. O ato acontece em cobrança aos 13% de reajuste nos vencimentos. A manifestação foi decidida em 11 de abril em assembleia geral da classe.
Professores da rede de ensino pública municipal de Macapá estão em greve desde o dia 15 de abril. O ato acontece em cobrança aos 13% de reajuste nos vencimentos. A manifestação foi decidida em 11 de abril em assembleia geral da classe.
A primeira proposta foi apresentada em 16 de abril pela prefeitura aos professores após uma sessão tumultuada e discussões exaltadas
na Câmara Municipal de Vereadores. Em 17 de abril, o movimentou chegou à
adesão de 90%, segundo o Sinsepeap. Em 15 de maio, os professores
chegaram a ocupar e trancar os portões do prédio da prefeitura por uma manhã.
A prefeitura disse haver indisponbilidade financeira para arcar com os 13%. Em 2015, o orçamento da Educação representa R$ 201 milhões
para arcar com as despesas das 80 escolas e 35 mil alunos matriculados.
São gastos mensalmente R$ 11 milhões com folha de pagamento, o que,
segundo a prefeitura, ao final de cada ano representa a metade do
orçamento da Semed.