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Transferência: “Chefão” do Iapen passa a cumprir pena no anexo
Na tarde de terça-feira (2) dois dos mais perigosos traficantes do Amapá foram transferidos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Cley Gomes da Silva, o “Tourão”, e Elder Barbosa Lobato, o “Sabonete”, deixaram o pavilhão medida de segurança e passaram a cumprir suas penas no anexo do presídio, local
izado no antigo prédio da 7ª DP, no bairro Novo Horizonte – Zona Norte da cidade –, onde estão presos que cumprem penas brandas, como a inadimplência à pensão alimentícia.
Recentemente o juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Reginaldo Andrade, determinou que nenhum apenado condenado por crimes hediondos, se misturasse a presos acusados de delitos “leves”. A equipe de a Gazeta não conseguiu entrar em contado com Andrade para saber se a decisão partiu dele. A reportagem também saber os motivos da transferência com a direção do Iapen. No entanto, todas as tentativas, através de telefonemas, efetuados para o diretor do presídio, Nixon Kennedy, e sua assessoria, foram frustradas.
De acordo com funcionários do Iapen, um forte esquema de segurança foi montado para que os condenados fossem transferidos. Pelo menos três viaturas entre civil e militar foram necessárias para fazer o translado. O que chama a atenção é que o anexo da penitenciária não tem estrutura para manter presos considerados de alta periculosidade. Segundo os agentes, o local é mais propício à fugas e resgates de detentos.
Quem é “Tourão”
“Tourão” é o preso que comanda a penitenciária. A informação foi comprovada durante a última revista – ocorrida no dia 27 do mês passado. Segundo uma fonte que participou das buscas, mas preferiu ter a identidade preservada, o detento que ainda tem mais de 20 anos de pena para cumprir pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas, tem total domínio na maioria dos pavilhões. Ele só é rejeitado no “fechadão” – como é chamado o pavilhão onde vivem os presos considerados de alta periculosidade e condenados por crimes hediondos.
A fonte também revelou que “Tourão” morava no pavilhão chamado medida de segurança – onde ficam os presos que são ameaçados de morte por outros detentos –, com mais 299 internos. Enquanto as celas construídas para quatro detentos eram disputadas por cerca de 30, o criminoso tinha uma só para si, e com cama de casal. Ele também usufruía sozinho de um banheiro, e tinha uma dispensa repleta de guloseimas. “Tourão” era pago para garantir a vida de alguns apenados.
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