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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Assassinato em Belém: amapaense procurada por barbárie tentava fugir para Macapá

ImagemA fuga da amapaense Savana Nathália Barbosa Cruz, que nos últimos 30 dias havia se tornado a foragida mais procurada do Estado do Pará, chegou ao
fim. Ela foi presa na tarde de ontem (11), no município paraense de Almerim, quando estava em uma embarcação que tinha como destino a sua terra natal, Macapá. Savana Nathália é a principal acusada do crime que chocou a sociedade paraense, o bárbaro assassinato do técnico em informática Joelson Sousa Ramos, 32 anos, morto com 13 facadas, decapitado e esquartejado na suíte de um motel em Ananindeua, Zona Metropolitana de Belém, no último dia 10 de julho.


A maciça repercussão do caso e as fotos da acusada, amplamente divulgadas no Pará e Amapá, ajudaram a localizá-la. Depois de um mês no encalço dela, a polícia do Pará recebeu a informação de seu paradeiro justamente de um parente da vítima. Ela estava dentro de um barco que havia saído da capital paraense e fez paradas durante a madrugada nos municípios de Santarém, Breves e Gurupá. Um primo de Joelson, que embarcou ainda em Belém a reconheceu no interior da embarcação durante a manhã de ontem. Ele não soube dizer em qual das cidades ela entrou no barco, porém assim que obteve sinal em seu celular, já próximo a Almerim – onde haveria desembarques e novos embarques de passageiros – ele avisou a polícia. Quando a embarcação atracou na cidade, policiais militares já estavam no porto. Ao avistá-los, Savana ficou muito nervosa, colocou óculos escuros e tentou cobrir o rosto com os cabelos – agora tingidos de vermelho, diferente do habitual loiro, para despistar a polícia. Quando foi abordada, ela tentou quebrar os dois celulares que possuía, mas os militares impediram e a prenderam.

Outro acusado
Também foi preso ontem, o até então desconhecido namorado de Savana, identificado como Raimundo Nonato Ferreira dos Santos. Ele foi localizado pela equipe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará, que investiga o caso. Ele estava escondido no município de Novo Repartimento (PA). Segundo o divulgado pela imprensa paraense, ele tentava fugir para o Estado do Maranhão. Até as 22h de ontem, o casal ainda não havia chegado a Belém, onde seria oficial mente interrogado.






Vítima conheceu acusada durante férias no Amapá
Segundo a polícia, Savana Nathália nasceu em Macapá, mas passou a maior parte de sua infância e adolescência no município de Tartarugalzinho, onde supostamente teria conhecido a vítima – que na ocasião, em 2006, esteve no Estado amapaense para visitar o pai, o aposentado Jorge Damião Sousa. Ainda segundo as investigações, na época, Nathália e Joelson trocaram contatos e passaram a se comunicar pela internet, quando então iniciaram um romance virtual, que durou cerca de dois anos. Nem a polícia e nem a família sabem dizer com que frequência os dois se encontravam na vida real. Dias antes do crime, Joelson anunciou a amigos e parentes que iria se mudar de Belém para Macapá, onde pretendia abrir uma lanchonete e viver com seu “grande amor”. Há testemunhas que afirmam que ele iria encontrar com ela na noite em que foi morto. Outras disseram que além da suspeita, outras duas pessoas, uma mulher e um homem, teriam participado do crime. Segundo o depoimento de um taxista, os três teriam chegados juntos ao motel. Um casal teria ido para a suíte 406 e Nathália teria entrado na suíte 403 – onde o corpo foi encontrado – para esperar Joelson, que chegou depois ao local. Durante a madrugada, cada um dos suspeitos foi embora em um táxi. As informações dessas testemunhas levaram a polícia a confeccionar um retrato-falado de uma mulher. Após a divulgação do retrato, uma denúncia anônima levou a polícia até um kitnet alugado no município de Santa Isabel (PA), onde a polícia encontrou algumas fotos e a população deu outras do casal que morava no pequeno quarto. Com a ajuda de familiares da vítima, a polícia encontrou no Facebook de Joelson uma imagem da mesma mulher que aparece nas fotos recolhidas em Santa Isabel. Era Nathália, a quem ele fazia juras de amor na sua página virtual. Parentes de Joelson afirmaram que ele era um rapaz calmo, não bebia, não fumava, e seu único vício seria passar o dia navegando na internet.



Os requintes de crueldade de um crime bárbaro
O crime chama atenção pela forma violenta como foi cometido. Joelson foi cruelmente assassinado. No banheiro da suíte, o cadáver foi achado por funcionários do motel. Ele estava ensacado, sem a cabeça e sem as pontas dos dedos – que foram encontrados três dias depois na fossa do estabelecimento. Ficou apenas o tronco (que trazia 13 facadas), os braços e as pernas. Os membros foram cortados nas juntas. Os trabalhadores do empreendimento contaram que já por volta de 10h de segunda-feira (11 de julho), estranharam a falta de movimentação do cliente que usava o apartamento 403 – já que os outros que haviam chegado na companhia dele já haviam isso embora. A camareira então bateu na porta várias vezes e como não obtinha resposta resolveu abri-la. Dentro do banheiro, ela se deparou com o corpo dividido em três sacos plásticos.

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