O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) confirmou hoje (13) à 'Agência Brasil' que 17 - sete mulheres e dez homens - dos 18 detidos na Operação Voucher foram liberados entre a noite de ontem e a madrugada deste sábado. O único que permanece detido é Wladimir Furtado, ex-prefeito de Ferreira Gomes (Amapá). Em média, foi cobrada de cada um dos detentos fiança de R$ 110 mil (20 salários mínimos).
Na relação dos liberados estavam o secretário executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva Costa, o ex-secretário executivo Mário Moysés e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins Filho.
A Operação Voucher, comandada pela Polícia Federal, investiga o esquema de corrupção no Ministério do Turismo. As apurações começaram há quatro meses a partir de um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou irregularidades no contrato firmado entre o ministério e a organização não governamental Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).
As investigações partiram de um convênio com sinais de fraude, envolvendo R$ 4,4 milhões. Pelas apurações preliminares, os policiais calculam que dois terços dos recursos foram desviados pelo esquema de corrupção.
No último dia 9, a Operação Voucher expediu 36 mandados de prisões preventivas e temporárias. Os envolvidos foram levados para a Penitenciária de Macapá. Ontem, algumas imagens dos detidos foram publicadas na imprensa, como a de Colbert sem camisa e com a placa de identificação.
O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), por meio de comunicado, repudiou o que chamou de “vazamento de fotos”. “A respeito do vazamento de fotos dos detidos na Operação Voucher da Polícia Federal, supostamente feitas nas dependências do Instituto de Administração Penitenciária, em Macapá, o governo do estado esclarece que é política [do governo] assegurar a dignidade do preso em todas as unidades distribuídas pelo estado.”
A nota acrescenta que "o governo do Amapá irá apurar a verdade; o Iapen já instaurou sindicância para estabelecer as responsabilidades e, caso comprovadas as acusações, punir os culpados”.
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