Seis moradores de uma mesma família – cinco adultos e uma criança – foram feitos reféns por dois assaltantes, que conseguiram fugir antes da chegada da polícia. O crime ocorreu na noite de ontem, por volta de 20h30.
De acordo com testemunhas, um dos membros da família estava sentado em frente à residência – na Rua Leopoldo Machado, no bairro Beirol, Zona Sul de Macapá – quando foi surpreendido pela dupla. Um dos bandidos empunhava um revólver. Ele o apontou para a vítima e ordenou que ela entrasse na casa, onde os demais familiares foram dominados. Todos eles foram colocados em um dos quartos do imóvel. Enquanto um dos assaltantes mantinha os reféns sob a mira da arma, o comparsa revirava os cômodos. Segundo a polícia, as vítimas relataram que eles perguntavam por dinheiro, joias e celulares.
No horário em que os bandidos agiram a movimentação no bairro era intensa. Por isso, vizinhos viram o momento em que eles entraram na casa. A polícia foi imediatamente acionada. Guarnições dos Batalhões de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM) e de Operações Especiais (Bope) – treinado para administrar situações com reféns – chegaram rapidamente ao lugar, que fica a apenas 200 metros da casa tomada pelos assaltantes. Entretanto, os criminosos perceberam a aproximação dos militares. Segundo o major Mathias, negociador do Bope, eles entraram no forro da residência, quebraram telhas para abrir caminho e tiveram acesso a uma construção que fica “colada” a casa. Daí por diante – segundo relatos da vizinhança –, eles seguiram pulando quintais e conseguiram escapar antes que o cerco policial estivesse totalmente fechado.
Uma refém passou mal e foi encaminhada ao Hospital de Emergências. A exemplo das outras vítimas, ela não foi ferida, mas ficou em estado de choque. O crime mobilizou a polícia e causou alvoroço na comunidade. A Escola Estadual Zolito de Jesus Nunes, localizada no outro quarteirão, só não foi evacuada porque ficou fora do perímetro de segurança estabelecido pelos gerenciadores de crise.
Dezenas de militares fizeram uma varredura na quadra onde o imóvel invadido fica localizado, mas os assaltantes não foram encontrados. Eles fugiram levando apenas R$ 40,00.
Escolha aleatória
Pela maneira como os assaltantes iniciaram a ação criminosa – cedo da noite e com movimentação intensa nas ruas –, a polícia acredita que a escolha do alvo foi aleatória. “O local é cercado de estabelecimentos comerciais onde estavam muitos clientes, o que torna a ação criminosa mais difícil. Eles escolheram o que estava mais fácil, que o ataque a uma família”, ponderou o major Marcelo, do Bope.
1 comentários:
Boa tarde. Quem diria que um dia isso iria acontecer em Macapá! Este é o reflexo de uma país que não investiu em educação; as pessoas não têm qualificação e os pequenos centros, no caso Macapá, é um lugar propício aos bandidos que vêm de fora.Perderam-se os valores!Na minha época estudava-se o "catecismo" aprendia-se os 10 mandamentos da "Lei de Deus". É uma pena!
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