No entanto, as obras só poderão avançar depois da liberação do licenciamento ambiental para os serviços no trecho do projeto original da BR-156, que corta a Reserva Extrativista do Rio Cajari. A discussão para liberação da licença é com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com técnicos da Secretaria de Transportes do Governo do Estado (Setrap), o traçado original do trecho que faz parte do macro projeto de pavimentação da parte sul da BR-156, que vai do km 21 até o município de Laranjal do Jari, é de pouco mais de 40 km, praticamente em linha reta. É nesse trecho que o governo quer trabalhar até porque significa uma economia de aproximadamente 20 km em relação ao ramal existente, de cerca de 60 km, que passa por dentro da reserva e que, devido às suas péssimas condições, vem contribuindo para retardar o crescimento do Vale do Jari, com uma população de mais de 60 mil habitantes.
Economia
A própria reserva, que tem uma área de 501.771 hectares e foi criada para assegurar o uso sustentável dos recursos naturais e a permanência das comunidades tradicionais, está sendo prejudicada pela falta de uma estrada em condições de escoar a produção dos extrativistas e agricultores, que vivem da coleta e beneficiamento da castanha-do-Brasil, da extração do palmito e do açaí, além da pesca e do manejo do camarão.
O trecho do projeto original de pavimentação da BR-156, que corta a Reserva Extrativista do Rio Cajari, foi delimitado na década de 80. Porém, os serviços de terraplenagem não foram concluídos. Já o chamado ramal foi aberto aleatoriamente dentro da mata, possuindo muitos trechos alagados, curvas perigosas e pontos bastante castigados pela ação do tempo e tráfego de veículos pesados, que têm muitas dificuldades para chegar com segurança em Laranjal do Jari.
Desperdício
O desperdício do dinheiro público na manutenção do chamado Ramal do Cajari é patente. É fácil observar que a estrada continua praticamente a mesma de anos atrás devido à impossibilidade de se realizar um trabalho maior, inclusive com o desmatamento das laterais para que a largura passe de 10 metros para 80 metros e, assim, o trecho tenha acostamento e permita um tráfego mais seguro. Por outro lado, o trecho original já está todo delimitado, podendo ser trabalhado em pouco tempo para receber a terraplenagem e a pavimentação, sem que, com isso, ocorram grandes danos à Reserva, até porque a mata que se formou ao longo dos anos praticamente não possui espécies protegidas pela legislação ambiental. Também vale ressaltar que a nova estrada não representará nenhum perigo para a reserva em termos de invasão, uma vez que se trata de uma área protegida pelo ICMBio, que pode exercer o seu poder de polícia ambiental para proteger aquela unidade de conservação federal.
O desperdício do dinheiro público na manutenção do chamado Ramal do Cajari é patente. É fácil observar que a estrada continua praticamente a mesma de anos atrás devido à impossibilidade de se realizar um trabalho maior, inclusive com o desmatamento das laterais para que a largura passe de 10 metros para 80 metros e, assim, o trecho tenha acostamento e permita um tráfego mais seguro. Por outro lado, o trecho original já está todo delimitado, podendo ser trabalhado em pouco tempo para receber a terraplenagem e a pavimentação, sem que, com isso, ocorram grandes danos à Reserva, até porque a mata que se formou ao longo dos anos praticamente não possui espécies protegidas pela legislação ambiental. Também vale ressaltar que a nova estrada não representará nenhum perigo para a reserva em termos de invasão, uma vez que se trata de uma área protegida pelo ICMBio, que pode exercer o seu poder de polícia ambiental para proteger aquela unidade de conservação federal.
O governo do Estado trabalha para que o ICMBio libere as obras no trecho que corta a Reserva Extrativista do Rio Cajari até o final do inverno, para que o projeto de pavimentação da BR-156 receba a devida atenção financeira do governo federal, através do PAC, e as obras sejam reiniciadas ainda no verão deste ano. Nesse contexto, a participação da bancada federal é de fundamental importância, para assegurar que os recursos não sejam contingenciados, como vem acontecendo nos últimos anos, e para que os órgãos ambientais dêem a devida atenção que o projeto merece, a fim de possibilitar o desenvolvimento sócio-econômico do Vale do Jari, integrando essa região ao eixo rodoviário Amapá-Guiana Francesa, que será consolidado com a construção da ponte binacional.
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