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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Semelhança de casos

Não só o período das informações coincide (novembro/dezembro), mas também a unidade hospitalar em que foram internados os pacientes que vieram a óbito e as condições a que foram submetidos.
Em entrevista a um programa de rádio, o médico Uilton Tavares sustenta a hipótese de que as UTIs dos hospitais precisam melhorar as condições de higiene. “Os hospitais se transformaram em um grande shopping Center, com as visitas constantes. E deveria ser o contrário, para se ter um controle de infecção hospitalar é preciso que se tenha o mínimo de circulação de pessoas. A maioria dos hospitais do Estado possui mais de 50 anos, ou seja, existe uma série de fatores inapropriados: os esgotos não funcionam, os condicionadores de ar não passam por manutenção constante, os materiais estão muito velhos e os próprios familiares, ao transportar objetos para os hospitais, oferecem riscos aos pacientes”, avaliou.
O secretário de Saúde, Edilson Pereira, ponderou ao afirmar que “não tem como dizer se uma bactéria única está causando as mortes”. Mas admitiu que devido à semelhança entre os sintomas das vítimas, a Sesa tem investigado a relação entre um caso e outro. Ele disse ainda que está solicitando informações sobre os relatórios de endemias dos municípios.
“Nós vivemos em uma região bastante endêmica, com propensão à dengue, malária, tuberculose. E esses locais passam por monitoramento constante dos órgãos ligados à Sesa”, disse Pereira.
Mesmo tranquilizando a população quanto a incidência da provável superbactéria, em 2010, a resistência do microorganismo já era discutida pelos profissionais da área de saúde. Médicos eram cautelosos em afirmar o aumento no número de casos da doença, mas diziam que a susperbactéria só evoluía em ambientes hospitalares e em pacientes debilitados.
Ainda no ano passado, o ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou 22 mortes no Distrito Federal e uma no Paraná. Além de outros casos de pacientes infectados em quatro estados da federação. “Desde que a ameaça surgiu, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a retenção da receita médica na compra de antibióticos para tentar impedir a automedicação e o uso abusivo de medicamentos”, frisou o ex-ministro à época.

Prevenção
Em tese, o controle da infecção bacteriana é simples: pode ser feito a partir do uso de luvas e aventais, até a simples higienização das mãos. A dificuldade é que nem sempre as orientações são seguidas.

A Gazeta

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