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domingo, 11 de dezembro de 2011

Camuflados no ânus ou vagina, celulares entram com facilidade no Iapen

Além de telefones, os detentos têm acesso a chips escondidos em curativos falsos; armas e drogas são ocultadas em embalagens de sabão em pó e o dinheiro, em Bíblias.
Enfiar o telefone celular no ânus ou na vagina poderia ser mais uma modalidade de tara sexual. Mas é apenas um dos muitos artifícios usados por visitantes para levar os aparelhos aos detentos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Além de alojá-los nas partes íntimas, a criatividade de parentes e comparsas dos presos inclui falsos curativos com chips de celular, drogas e armas camuflados em embalagens de sabão em pó ou em barra e até dinheiro, oculto em Bíblias.
A gama de artifícios utilizados para municiar os presidiários expõe o difícil trabalho dos agentes penitenciários do Iapen, que já descobriram telefones celulares dentro de pães e no pote de manteiga. Já as drogas como maconha, crak e pasta de cocaína são usualmente escondidas em marmitas ou em fundos falsos de sapatos. Quanto ao dinheiro, as cédulas geralmente são camufladas em chinelos, sandálias e até em Bíblias.
Um mosaico dos objetos apreendidos foi relacionado pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amapá (Sinapen). Alexandro Soares, presidente da entidade, resolveu tornar as imagens públicas para denunciar as condições de trabalho da categoria. "Um simples chip nas mãos de um detento serve para ele comandar um falso sequestro ou o tráfico de drogas de dentro do presídio", enfatiza Soares.
Segundo Alexandro o número de agentes é insuficiente para manter uma vigilância constante e segura. "A estrutura deficiente do Iapen dificulta uma fiscalização mais rigorosa para coibir a entrada de materiais não permitidos, o que torna muito vulnerável a segurança", diz Alexandro. Além disso, "o ambiente de trabalho é insalubre e o salário não equivalente à periculosidade da profissão". 

A Gazeta

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