Jacinta Carvalho, secretária de Comunicação, foi acometida de um quadro de inflamação grave, que ainda está sendo investigado pelos médicos. Um laudo oficial deve ser encaminhado à família nos próximos 15 dias.
Ainda é um mistério a causa da morte da jornalista e secretária estadual de Comunicação, Jacinta Carvalho. Internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Camilo desde a quarta-feira da semana passada, ela tentava resistir a um quadro de infecção grave, quando, na madrugada de domingo (4), faleceu.
Os primeiros exames indicavam que Jacinta poderia ter contraído dengue ou malária, mas as hipóteses foram descartadas com a complicação do quadro clínico, que já não permitia fazer qualquer associação com estas doenças.
No mês de novembro, a jornalista se preparava para realizar uma cirurgia de desobstrução da glândula nazal, conhecida como adnóide, quando foi informada de que precisaria acompanhar a equipe de governo em uma viagem ao município de Oiapoque. "Era o lançamento dos Jogos Indígenas e ela foi chamada para acompanhar os jornalistas que tinham vindo ao Estado somente para fazer aquela cobertura. Neste período, ela já apresentava sinais de irritação na garganta", disse a irmã da secretária, Nívea Maria de Carvalho.
O trabalho em Oiapoque durou seis dias. Jacinta chegou a comentar com a irmã que dormiu algumas noites nas aldeias indígenas. Com quadro de baixa resistência, ela estava sujeita a picadas de insetos e a contrair doenças infecciosas. A jornalista também não teria tomado as devidas precauções para imunizar o organismo, já que ia ficar tantos dias no meio da selva. "Não sei se ela tomou vacina, mas acredito que não", declarou Nívea.
Primeiras Complicações
O retorno de Oiapoque foi um momento em que a secretária acumulou aprendizados e os dividiu com a família. Jacinta estava muito feliz com os resultados da viagem, explorou a região e se permitiu novas experiências. Mas a alegria duraria pouco. Quatro dias depois, ela começou a perceber os primeiros sintomas de indisposição. Mesmo assim, continuou trabalhando. "Depois que ela voltou da viagem, começou a sentir febre alta e tomou analgésico, mas no sábado (dia 26), as dores no corpo intensificaram-se, foi quando ela decidiu procurar o médico", comentou a irmã mais velha, Cleide Maria Rodrigues de Carvalho. O médico plantonista do Hospital São Camilo a avaliou, prescreveu a medicação e a orientou a continuar o tratamento em casa.
Durante o final de semana, a jornalista sentiu calafrios, febre alta, dores no corpo, seguida de uma forte dor na garganta. Era o início do processo de inflamação. A família decidiu levá-la ao médico novamente na segunda-feira (28), quando foi recomendada a internação e lançado o primeiro diagnóstico: "pode ser dengue", afirmou o médico de plantão. Ele pediu alguns exames para confirmar a suspeita, mas, no dia seguinte, as análises indicaram outra patologia: malária. O quadro infeccioso evoluiu rapidamente para o pulmão e o coração, tornando a jornalista ainda mais vulnerável.
As irmãs de Jacinta reclamam que a indefinição no diagnóstico pode ter retardado o tratamento da paciente. "Se nós soubéssemos desde o início o que ela tinha, poderíamos ter procurado assistência médica especializada em outro Estado", desabafou Cleide Maria Rodrigues.
Os primeiros exames indicavam que Jacinta poderia ter contraído dengue ou malária, mas as hipóteses foram descartadas com a complicação do quadro clínico, que já não permitia fazer qualquer associação com estas doenças.
No mês de novembro, a jornalista se preparava para realizar uma cirurgia de desobstrução da glândula nazal, conhecida como adnóide, quando foi informada de que precisaria acompanhar a equipe de governo em uma viagem ao município de Oiapoque. "Era o lançamento dos Jogos Indígenas e ela foi chamada para acompanhar os jornalistas que tinham vindo ao Estado somente para fazer aquela cobertura. Neste período, ela já apresentava sinais de irritação na garganta", disse a irmã da secretária, Nívea Maria de Carvalho.
O trabalho em Oiapoque durou seis dias. Jacinta chegou a comentar com a irmã que dormiu algumas noites nas aldeias indígenas. Com quadro de baixa resistência, ela estava sujeita a picadas de insetos e a contrair doenças infecciosas. A jornalista também não teria tomado as devidas precauções para imunizar o organismo, já que ia ficar tantos dias no meio da selva. "Não sei se ela tomou vacina, mas acredito que não", declarou Nívea.
Primeiras Complicações
O retorno de Oiapoque foi um momento em que a secretária acumulou aprendizados e os dividiu com a família. Jacinta estava muito feliz com os resultados da viagem, explorou a região e se permitiu novas experiências. Mas a alegria duraria pouco. Quatro dias depois, ela começou a perceber os primeiros sintomas de indisposição. Mesmo assim, continuou trabalhando. "Depois que ela voltou da viagem, começou a sentir febre alta e tomou analgésico, mas no sábado (dia 26), as dores no corpo intensificaram-se, foi quando ela decidiu procurar o médico", comentou a irmã mais velha, Cleide Maria Rodrigues de Carvalho. O médico plantonista do Hospital São Camilo a avaliou, prescreveu a medicação e a orientou a continuar o tratamento em casa.
Durante o final de semana, a jornalista sentiu calafrios, febre alta, dores no corpo, seguida de uma forte dor na garganta. Era o início do processo de inflamação. A família decidiu levá-la ao médico novamente na segunda-feira (28), quando foi recomendada a internação e lançado o primeiro diagnóstico: "pode ser dengue", afirmou o médico de plantão. Ele pediu alguns exames para confirmar a suspeita, mas, no dia seguinte, as análises indicaram outra patologia: malária. O quadro infeccioso evoluiu rapidamente para o pulmão e o coração, tornando a jornalista ainda mais vulnerável.
As irmãs de Jacinta reclamam que a indefinição no diagnóstico pode ter retardado o tratamento da paciente. "Se nós soubéssemos desde o início o que ela tinha, poderíamos ter procurado assistência médica especializada em outro Estado", desabafou Cleide Maria Rodrigues.
Planos interrompidos
Jacinta Carvalho pretendia tirar férias em 2012. Segundo as irmãs, assim que conseguisse encaminhar as atividades na Secretaria de Comunicação, planejava viajar com os dois filhos e ter mais tempo para ficar com os irmãos e a mãe. “Os filhos dela ainda estão em estado de letargia, principalmente o mais velho. Ele ainda está tentando assimilar o que aconteceu, mas para a gente também não é fácil”, emocionou-se a irmã, Cleide Maria.
Condolências
O velório aconteceu por volta das 14h de domingo (4), na Capela Santa Rita, e o sepultamento ocorreu por volta das 17h no cemitério São José, no bairro Buritizal. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas do Amapá (Sindjor) enviaram notas de pesar em razão da morte da secretária. O governo do Estado decretou luto oficial de três dias.
Jacinta Carvalho pretendia tirar férias em 2012. Segundo as irmãs, assim que conseguisse encaminhar as atividades na Secretaria de Comunicação, planejava viajar com os dois filhos e ter mais tempo para ficar com os irmãos e a mãe. “Os filhos dela ainda estão em estado de letargia, principalmente o mais velho. Ele ainda está tentando assimilar o que aconteceu, mas para a gente também não é fácil”, emocionou-se a irmã, Cleide Maria.
Condolências
O velório aconteceu por volta das 14h de domingo (4), na Capela Santa Rita, e o sepultamento ocorreu por volta das 17h no cemitério São José, no bairro Buritizal. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas do Amapá (Sindjor) enviaram notas de pesar em razão da morte da secretária. O governo do Estado decretou luto oficial de três dias.
A suspeita da presença de uma superbactéria
Durante a internação, foi especulada a hipótese de Jacinta ter contraído vírus ou uma superbactéria, ambos relacionados a outros casos parecidos de infecção. Como o que acometeu o também jornalista e médico Leonai Garcia, duas semanas antes. Leonai permaneceu na UTI de um hospital paraense por cerca de uma semana, mas teve melhora significativa no quadro clínico. Os exames ratificaram a presença da bactéria estafilococos, cujo tratamento já está consolidado na literatura médica.
Em entrevista a um programa de rádio, o médico Claudio Leão, responsável pela UTI do Hospital São Camilo, e que acompanhou a entrada de Jacinta na UTI, disse que ela estava com o sistema imunológico bastante debilitado, e que todos os exames possíveis de serem feitos para atestar o diagnóstico da paciente foram realizados. “A etiologia está sob investigação da Vigilância Epidemiológica. Quem faz essa análise tem que visitar os locais por onde a paciente passou, o que comeu. Isso não é uma coisa que acontece assim tão raramente, existem casos aqui na Amazônia de infecções fulminantes”, alertou o especialista.
Odair Monteiro, perito da Polícia Técnico-Científica e amigo da família, suspeita que Jacinta tenha sido vítima de duas patologias. Uma delas teria facilitado a entrada de uma bactéria ou superbactéria no organismo – que causou a infecção. A outra seria um vírus raro. Este processo viral pode ter se desencadeado ainda em Oiapoque. Mas, por enquanto, as informações não passam de suposições e teses, nada foi confirmado ainda.
Os exames realizados no corpo da secretária no final de semana foram enviados ontem (5) ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), especializado na área de epidemiologia. Nos próximos 15 dias, a família espera anunciar o resultado dos exames e descobrir o que pode ter provocado a morte de Jacinta.
Durante a internação, foi especulada a hipótese de Jacinta ter contraído vírus ou uma superbactéria, ambos relacionados a outros casos parecidos de infecção. Como o que acometeu o também jornalista e médico Leonai Garcia, duas semanas antes. Leonai permaneceu na UTI de um hospital paraense por cerca de uma semana, mas teve melhora significativa no quadro clínico. Os exames ratificaram a presença da bactéria estafilococos, cujo tratamento já está consolidado na literatura médica.
Em entrevista a um programa de rádio, o médico Claudio Leão, responsável pela UTI do Hospital São Camilo, e que acompanhou a entrada de Jacinta na UTI, disse que ela estava com o sistema imunológico bastante debilitado, e que todos os exames possíveis de serem feitos para atestar o diagnóstico da paciente foram realizados. “A etiologia está sob investigação da Vigilância Epidemiológica. Quem faz essa análise tem que visitar os locais por onde a paciente passou, o que comeu. Isso não é uma coisa que acontece assim tão raramente, existem casos aqui na Amazônia de infecções fulminantes”, alertou o especialista.
Odair Monteiro, perito da Polícia Técnico-Científica e amigo da família, suspeita que Jacinta tenha sido vítima de duas patologias. Uma delas teria facilitado a entrada de uma bactéria ou superbactéria no organismo – que causou a infecção. A outra seria um vírus raro. Este processo viral pode ter se desencadeado ainda em Oiapoque. Mas, por enquanto, as informações não passam de suposições e teses, nada foi confirmado ainda.
Os exames realizados no corpo da secretária no final de semana foram enviados ontem (5) ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), especializado na área de epidemiologia. Nos próximos 15 dias, a família espera anunciar o resultado dos exames e descobrir o que pode ter provocado a morte de Jacinta.
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