Servidores vinculados à rede municipal de saúde de Macapá
entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (27). O
sindicato da categoria confirmou que pelo menos 50% dos trabalhadores
vão permanecer parados. O movimento abrange enfermeiros, agentes
comunitários e de endemias. A Secretaria Municipal de Administração
(Semad) informou que recebeu a pauta de reivindicação dos trabalhadores,
e que os principais pontos estão em análise para serem discutidos em
uma nova reunião ainda sem data definida.
Os agentes cobram o cumprimento do piso salarial de R$ 1.014 e os
enfermeiros pedem um reajuste de 20% nos rendimentos, além de melhores
condições de trabalho nos postos de sáude e equipamentos de proteção, a
exemplo de botas e luvas.
A secretaria de Administração adiantou que ofereceu 4% de reajuste
linear ao funcionalismo público por causa das condições financeiras da
prefeitura. O percentual é abaixo da expectaiva do sindicato. A entidade
diz que os agentes de endemias e comunitários, por exemplo, recebem
atualmente R$ 783 mensais.
Os servidores se concentraram sob forte chuva em frente à sede da
prefeitura de Macapá, no Centro da capital. Com faixas e gritos de
ordem, eles pediram a abertura de mesa de negociação com a administração
municipal. Juntaram-se a eles na manifestação, os professores municipais que estão em greve há 11 dias, também cobrando o piso salarial.
A agente de endemias Ane Melo, diretora do Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores da Saúde do Amapá
(Sindsaúde), questiona o descumprimento do piso por parte da
prefeitura, alegando que o dinheiro repassado para o pagamento é enviado
pelo Governo Federal.
“Não abrimos mão do piso salarial da categoria porque essa verba é
federal. A prefeitura oferece somente 4%, o que não dá muita coisa.
Queremos o nosso direito, além de quatro progressões que estão atrasadas
e o nosso retroativo. A previsão é manter a greve por tempo
indeterminado”, disse a diretora do sindicato.
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