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terça-feira, 28 de abril de 2015

Trabalhadores da saúde iniciam greve para cobrar reajuste em Macapá

Mesmo com chuva, profissionais mobilizaram-se em frente à prefeitura de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Servidores vinculados à rede municipal de saúde de Macapá entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (27). O sindicato da categoria confirmou que pelo menos 50% dos trabalhadores vão permanecer parados. O movimento abrange enfermeiros, agentes comunitários e de endemias. A Secretaria Municipal de Administração (Semad) informou que recebeu a pauta de reivindicação dos trabalhadores, e que os principais pontos estão em análise para serem discutidos em uma nova reunião ainda sem data definida.
Os agentes cobram o cumprimento do piso salarial de R$ 1.014 e os enfermeiros pedem um reajuste de 20% nos rendimentos, além de melhores condições de trabalho nos postos de sáude e equipamentos de proteção, a exemplo de botas e luvas.
A secretaria de Administração adiantou que ofereceu 4% de reajuste linear ao funcionalismo público por causa das condições financeiras da prefeitura. O percentual é abaixo da expectaiva do sindicato. A entidade diz que os agentes de endemias e comunitários, por exemplo, recebem atualmente R$ 783 mensais.

Os servidores se concentraram sob forte chuva em frente à sede da prefeitura de Macapá, no Centro da capital. Com faixas e gritos de ordem, eles pediram a abertura de mesa de negociação com a administração municipal. Juntaram-se a eles na manifestação, os professores municipais que estão em greve há 11 dias, também cobrando o piso salarial.
A agente de endemias Ane Melo, diretora do Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores da Saúde do Amapá (Sindsaúde), questiona o descumprimento do piso por parte da prefeitura, alegando que o dinheiro repassado para o pagamento é enviado pelo Governo Federal.
“Não abrimos mão do piso salarial da categoria porque essa verba é federal. A prefeitura oferece somente 4%, o que não dá muita coisa. Queremos o nosso direito, além de quatro progressões que estão atrasadas e o nosso retroativo. A previsão é manter a greve por tempo indeterminado”, disse a diretora do sindicato.

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