Iniciada no dia 2 de março em Macapá,
a campanha de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) será
extendida para as escolas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde
(Semsa). A previsão é de que 14 mil meninas na faixa etária de 9 a 13
anos sejam imunizadas nesta primeira etapa, prevista para encerrar no
dia 31 de março.
Segundo a Semsa, trata-se de uma nova estratégia para alcançar a meta
de vacinação dentro do prazo. Em 2014, a campanha tinha como público
alvo meninas de 11 a 13 anos, mas a faixa etária foi ampliada pelo
Ministério da Saúde, abrangendo também meninas de 9 e 10 anos. A
vacinação é dividida em 3 doses e previne contra o câncer de colo de
útero.
Segundo a coordenadora municipal de imunização, Jorsette Cantuária, a
expansão da campanha para escolas da rede pública contribuirá para que a
meta de distribuição seja cumprida, evitando que ocorra como na segunda
etapa do ano passado, quando apenas 34,79% do público foi vacinado com a segunda dose, um número abaixo das expectativas.

Uma capacitação para profissionais de saúde foi realizada na manhã
desta segunda-feira (16). Segundo a enfermeira Marta Vilhena, a
resistência das famílias ainda é uma das dificuldades para o sucesso da
imunização contra o HPV em Macapá.
"Muitos pais ainda têm receios em levar a filha para o posto e realizar
a imunização, pois acreditam que ainda é cedo para isso. Mas nós, como
profissionais de saúde, temos esse dever de orientar a população sobre
os benefícios que a vacina pode trazer para as meninas", completa.

A vacinação em meninas de 9 a 11 anos é feita em três doses: a
primeira, no mês de março; a segunda seis meses depois de receber a
primeira (setembro); e a terceira, após 5 anos da primeira dose.
A novidade de 2015 é a inclusão das mulheres de 14 a 26 anos infectadas
pelo vírus HIV, que aconteceu após a recomendação da Organização
Mundial de Saúde (OMS). A entidade identificou que as complicações
decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em pacientes portadores
de HIV e Aids. A vacinação deve acontecer com intervalos de dois meses
(após a primeira dose) e seis meses (após a segunda dose).
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